Artigos de Opinião

José Manuel Fernandes aborda diversas materias políticas da atualidade nacional e europeia.

Saúde: forte a proibir, fraco a governar

O governo de António Costa diz-se defensor das liberdades individuais, mas restringe – exageradamente – a liberdade de fumar. A proposta de alteração à lei aprovada em Conselho de Ministros é excessiva e abusiva, de difícil aplicabilidade, e fomentará o “contrabando” de tabaco e a criação de um mercado paralelo. Não se compreende a proibição de fumar à porta de restaurantes, cafés, ao ar livre junto a escolas, faculdades ou hospitais e a venda de tabaco em máquinas a partir de 2025. Não é razoável a proibição de venda de tabaco em cafés e gasolineiras.

Um Programa sem Futuro

Em Abril, o Governo apresentou o Programa de Estabilidade 2023-2027, o que motivou uma pequeníssima discussão na Assembleia da República. Impunha-se um verdadeiro e amplo debate, até porque a vigência deste Programa vai para além do mandato do atual Governo. Era essencial discutir as metas que pretendemos atingir, nomeadamente em relação ao crescimento. Não há nenhuma proposta para modernizarmos Portuga! É urgente uma justiça administrativa célere, um Sistema Nacional de Saúde e de educação de qualidade. Não há propostas para a transição ecológica e digital!

Fundos: Vamos gastar, devíamos investir

Os fundos europeus deveriam ser uma mais valia, acrescentar valor. Estão vinculados ao princípio da adicionalidade, o que implica que não podem substituir o orçamento do Estado. Infelizmente, este princípio presente no regulamento do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, não é – propositadamente – respeitado pelo governo socialista português. Até o mínimo bom senso obrigaria a que o PRR não servisse para pagar bilhetes para espetáculos, comprar computadores para as escolas, IPads para os governantes. Há situações “encobertas” e verdadeiramente habilidosas. É o que se passa na transferência de competências nomeadamente na educação: o governo teria de recuperar as escolas, através do orçamento do estado, antes de as entregar às autarquias. No entanto, e de forma flagrante, não o faz, desonera-se e ainda obriga as autarquias a financiar a recuperação das escolas através dos fundos dos programas regionais, fundos que não podem substituir o orçamento do Estado.

A União Geopolítica

O Dia da Europa, comemorado a 9 de maio, marca o aniversário da Declaração Schuman, prestando-se tributo à paz e aos valores europeus. Com o pós 2.ª Guerra Mundial surge o ideal de uma Europa organizada e unida, em resultado da urgência em assegurar uma paz duradoura entre as nações. Avança uma nova ordem mundial em torno de interesses comuns, numa relação de cooperação, na qual vigora o princípio da igualdade dos Estados.
A celebração deste dia recorda-nos a importância de promover continuamente a paz, fortalecer a coesão e o espírito europeu para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo. Sem obliterar que a UE se encontra em constante construção, traduzindo-se num projeto -sempre- imperfeito e inacabado.

Sr. Presidente da República: não tenha medo, marque eleições

As mentiras, habilidades, o drama e o suspense, a intriga, as cenas rocambolescas e de violência que João Galamba e o seu Ministério estão a protagonizar à volta da Comissão Parlamentar de Inquérito da TAP davam uma excelente série televisiva. A Netflix poderia aproveitar esta oportunidade sem qualquer esforço ou criatividade.
É o próprio Primeiro-Ministro que lhes chama “deploráveis incidentes” de uma novela. A imprevisibilidade torna impossível antecipar as cenas dos próximos capítulos. Num dos últimos episódios, houve pancadaria, vidros partidos, um computador roubado nas instalações do Ministério das Infraestruturas e a PSP no local a pedido do próprio “ladrão”, por aparentemente lhe terem fechado as portas de saída do Ministério.

A UE, o Mercosul e a importância do Brasil

Os valores da liberdade, democracia, Estado de direito, defesa dos direitos humanos, defesa da vida e da dignidade humana devem ser a base da construção do desenvolvimento económico. Os acordos comerciais que a União Europeia faz têm de privilegiar os países que respeitam e defendem estes valores.

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Prevenir é melhor do que remediar

A solução está na prevenção. Em primeiro lugar, é urgente alcançar a neutralidade carbónica de uma forma gradual e coordenada o mais cedo possível. Para além disso, os Estados-membros devem investir no sentido de mitigar os efeitos negativos dos fenómenos meteorológicos extremos. Os Estados-membros têm à sua disposição uma tempestade de milhões que deveriam saber utilizar para esse propósito. Infelizmente, tal não está a acontecer. Portugal não está a investir na prevenção e já perdeu a oportunidade proporcionada pelo PRR.

O PSD é a alternativa

É justo que em Portugal se aliviem as famílias que estão asfixiadas por uma enorme carga fiscal, suportando ainda o aumento da inflação e das taxas de juro. A devolução aos portugueses de uma parte do que se cobrou – a mais – em impostos não é um favor, nem reduz a receita prevista. Na verdade, temos um excedente orçamental acima de 2100 milhões de euros, conseguido graças ao brutal esforço dos portugueses.

SOU MINHOTO, PORTUGUÊS E EUROPEU

Sou minhoto, português e europeu.
É assim que costumo apresentar-me e a
ordem não é aleatória. Nenhuma destas
dimensões é incompatível, antes pelo
contrário. A diversidade cultural, linguística
e económica de cada território é uma
mais-valia que cria sinergias e complementaridades
a nível europeu.

Nunca desistir de Portugal

O Governo liderado por António Costa tinha tudo para dar competitividade, coesão, sustentabilidade e um futuro seguro a Portugal. Para além da maioria absoluta, dispõe de uma tempestade de milhões de euros da UE como nunca nenhum outro Governo teve. No entanto, a – única – estratégia do atual Governo é a de se manter no poder. Infelizmente, a ação deste Executivo não é a de planear o futuro. O único objetivo é o imediato, o curtíssimo prazo.

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