Artigos de Opinião

José Manuel Fernandes aborda diversas materias políticas da atualidade nacional e europeia.

Venha 2022!

Terminamos 2021 como começamos: com o aumento de número de casos covid e em campanha eleitoral. Desta vez há mais infetados, mas menos mortes e menos internamentos e as eleições serão para eleger um novo Governo, já que o liderado por António Costa caiu de “podre”, tantas eram as trapalhadas da “geringonça”. Este ano fica marcado pela dissolução do Parlamento e consequente queda do Governo.

É TEMPO DE RECORDAR O ESSENCIAL: SOLIDARIEDADE

Estes dois últimos anos, obrigam-nos a uma profunda reflexão sobre o que nos é essencial. Fomos confrontados com a perda do que eram para nós conquistas adquiridas. Repentinamente uma pandemia mudou a nossa vida e a forma como nos relacionamos uns com os outros. O que para nós era habitual, passou a ser uma excepção. Fomos obrigados a abandonar a normalidade em que crescemos para aprender uma nova forma de estar em sociedade, seja no trabalho, com os amigos ou com a família.

Rio mais forte

A democracia constrói-se e reforça-se com debates e disputas eleitorais. É um valor europeu do qual não podemos abdicar. Para isso, a existência de partidos é essencial. Precisamos de alternativas para que todos se sintam representados e, se tal não acontecer, não é difícil criar um novo partido.
A democracia impõe regras e prazos a cumprir. Alguns, felizmente poucos, preferiam a tirania, a ditadura, só um a mandar, até porque dessa forma a decisão é mais rápida e há menos “tachos”. Não há democracia sem eleições. Depois de uma contenda eleitoral nacional, não deixamos de ser portugueses, de querer que o governo realize um bom trabalho, mesmo que o candidato em que votamos tenha perdido.

Portugal não pode esperar

É urgente que Portugal saia da estagnação económica e social em que se encontra há décadas. Temos de criar riqueza, ser mais competitivos, mais produtivos e desenvolver todo o nosso território. Neste tempo concreto que vivemos, não faltam recursos para isso. No entanto estamos a ficar cada vez mais na causa da Europa em termos de criação de riqueza e cada vez mais dependentes dos fundos europeus – veja-se o nosso investimento público, que provém esmagadoramente de Bruxelas. Mas não são os fundos, nem a Europa que vão modernizar Portugal, reduzir a burocracia, acelerar as decisões judiciais, dar previsibilidade fiscal. Esse trabalho é da competência do governo nacional. Não podemos continuar a desperdiçar oportunidades. A geringonça adiou Portugal porque António Costa só acredita na estratégia do poder, e não no poder da estratégia. Não tem os olhos postos no futuro, pois só lhe interessa a sua sobrevivência política. Portugal precisa de melhor, e as eleições legislativas de 30 janeiro são a oportunidade de o conseguir. Portugal não pode esperar.

O PSD e o interesse nacional

António Costa perdeu as eleições em 2015, mas criou a geringonça para impedir que o PSD formasse governo com Pedro Passos Coelho a primeiro-ministro. A geringonça não foi feita em nome do interesse nacional. O objetivo de António Costa foi sobreviver politicamente e, para isso, avançou para um acordo com partidos radicais. Portugal ficou adiado e a governação limitou-se a distribuir fundos europeus e a boa herança que tinha sido recebida.

Portugal, o orçamento e a geringonça

A discussão sobre o próximo Orçamento do Estado (OE) volta a provocar maior apreensão no País, como vem acontecendo nos últimos seis anos de governação socialista, sustentada na conhecida “geringonça” de esquerda, com a participação ativa de BE e PCP.
Com maiores ou menores dramatismos nos discursos inflamados dos partidos de esquerda e independentemente dos alertas do Presidente da República, a aprovação ou não da proposta de OE para 2022 continua a estar na exclusiva dependência da vontade e decisão de António Costa.

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Reforçar a democracia, melhorar a governação

Tenho insistido que os valores europeus, como a democracia, estado de direito, liberdade, defesa da vida e da dignidade humana, têm de ser o chão comum da nossa sociedade. Eles são a base, o alicerce do desenvolvimento económico e social. Erradamente, damos estes valores que conquistámos como absolutamente adquiridos, o que não é verdade: estes valores precisam de ser defendidos, reforçados e promovidos incessantemente. Por isso, faço votos que em 2023 as democracias se fortaleçam, as ditaduras enfraqueçam e os populismos de esquerda e direita regridam. Será a melhor forma de ultrapassarmos a guerra e vencermos os desafios comuns que enfrentamos.

2022: Ano difícil e desafiante

Neste artigo, realço alguns factos de 2022 que considero relevantes.
1- Em 24 de Fevereiro a Rússia iniciou uma guerra invadindo – sem justificação – a Ucrânia.
2- A vitória de Emmanuel Macron foi sofrida, mas muito importante para a UE.
3- Do outro lado do nosso continente, a vitória de Lula nas presidenciais trouxe esperança.
4- O ano que agora finda representa também o fim da pandemia.
5- A nível nacional é de destacar que António Costa ganhou as eleições com maioria absoluta.
6- 2022 foi o primeiro ano do PRR e deveria ter sido – pelo menos – o primeiro ano do Portugal 2030.
7- Tenho insistido que temos uma tempestade de milhões prestes a transformar-se num Tsunami.

Votos de um excelente 2023.

UM NATAL DE ESPERANÇA

A vida corre e foge-nos a uma velocidade louca. Há que saborear os melhores momentos. O Natal é o melhor tempo para parar, meditar e conviver. O Natal é aconchego, alegria, família e partilha. Em simultâneo, é memória que traz – sempre – a saudade e a tristeza, por não termos entre nós os que partiram e continuamos a amar.
O presépio e o nascimento de Jesus remetem-nos para a força da humildade, do autêntico e da simplicidade. Nascemos todos iguais. O “outro” é como “eu”. Os valores da tolerância, igualdade, defesa da dignidade humana deveriam estar presentes em todos os lugares do planeta. Infelizmente, as violações dos direitos humanos, a discriminação de raças e as desigualdades são gritantes.

Um Governo inimigo da coesão

Portugal está a empobrecer, a ser ultrapassado todos os anos por Estados-membros que aderiram à União Europeia depois do nosso país e que, na altura, eram muito mais pobres que nós. Em 2024, prevê-se que a Roménia ultrapasse Portugal em termos do PIB per capita. O Governo de António Costa é bom a iludir, as habilidades são uma constante, mas há um facto que é impossível de desmentir: apesar da “chuva de milhões” que recebemos da União Europeia, Portugal empobrece e recua face à média da UE.

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